8 DICAS ESSENCIAIS para ALIMENTAÇÃO NATURAL

As dicas a seguir se aplicam a cães e gatos comprovadamente saudáveis, ok? Se seu pet tem alguma doença ou alteração de saúde, algumas exceções podem existir. Na dúvida, sempre consulte um veterinário experiente em alimentação natural.

1. Respeitar a fisiologia da espécie

A primeira e mais importante dica é respeitar a FISIOLOGIA de cada espécie. Sendo o cão um carnívoro oportunista (seu organismo tolera pouca quantidade de carboidrato) e o gato um carnívoro estrito (seu organismo simplesmente não tolera carboidrato), não podemos incluir de forma arbitrária este macronutriente em suas dietas. Se o objetivo é alimentar o peludo da forma mais parecida possível com o que ele consumiria na natureza, não faz sentido fornecer uma alimentação natural composta por grandes quantidades de carboidrato. É muito importante respeitar as quantidades de cada grupo da alimentação do peludo, o que inclui também limitar o fornecimento de petiscos (mesmo os naturais).

2. Fornecer a suplementação

As rações são 100% suplementadas (sem exceções), pelo motivo que vou explicar mais abaixo. E em qualquer estilo de alimentação oferecida em nossas casas a suplementação é OBRIGATÓRIA. O motivo disso é que na natureza quando os animais caçam suas presas o alimento é uma PRESA FRESQUINHA com todos os nutrientes disponíveis alí e intactos, além de roerem os ossos crus, suprindo suas necessidades de cálcio.

No momento em que fornecemos uma alimentação para os nossos pets em ambiente urbano, quando os ingredientes chegam em nossas casas para o preparo (ou nas fábricas, no caso de produtos comerciais) eles já passaram por processo de resfriamento, às vezes congelamento, cozimento e ocorrem danos oxidativos nos alimentos, os quais levam a perda de alguns minerais importantes como magnésio e iodo, mas principalmente vitaminas como D, E, C e do complexo B. Então a suplementação é essencial para suprir a demanda nutricional que não consegue vir do alimento.

Sem suplementação adequada, é apenas uma questão de tempo para seu pet desenvolver uma doença de fundo nutricional. Seu amigo de quatro patas depende apenas de você, por favor tenha responsabilidade, ok?

3. Incluir vísceras na alimentação

Na natureza, a parte mais disputada de uma presa é exatamente suas vísceras, sabe porquê? Pois ao contrário do que muitos pensam, é nas vísceras onde estão as maiores concentrações de vitaminas e minerais presentes na dieta de canídeos e felinos. Uma pequena quantidade de vísceras já fornece as necessidades diárias de muitos nutrientes que o organismo precisa. O excesso delas, especialmente o fígado (que é a víscera mais rica), pode causar vômitos e diarreia por conta da grande concentração de vitamina A.

É fácil de imaginar a proporção ideal entre vísceras e carnes “normais”: pense em um felino que caça um rato, agora imagine o tamanho do fígado desse ratinho. Exatamente! É realmente muito pequeno.

Se seu pet tem alguma alteração de saúde e o veterinário não incluiu vísceras na dieta por algum motivo de restrição, ele certamente está fornecendo o que viria das vísceras na suplementação do seu pequeno.

4. Suspender petiscos industrializados

Essa dica nem precisa de grandes explicações, certo? Se o intuito é alimentar seu bichano de forma natural, não forneça petiscos saborizados artificialmente, cheios de corantes artificais e ingredientes impronunciáveis (muitas vezes comprovadamente cancerígenos, como por exemplo BHA e BHT) e extremamente inflamatórios.

Aposte em petiscos frescos e naturais (que não precisem de um pacote com rótulo), como vegetais e frutas. Veja aqui o post sobre alimentos proibidos para cães e gatos e aqui um post somente sobre frutas.

5. Fornecer vegetais e/ou frutas

É verdade que alguns pets não possuem afinidade com o paladar doce, pois assim como nós eles também têm preferências. Mas a maioria dos peludos adora e pede mais!

Frutas e vegetais têm inúmeros benefícios que não vem da carne, como fibras prebióticas (funcionam como uma “comidinha” para deixar as bactérias benéficas do intestino fortes e saudáveis) e valiosos fitonutrientes como antioxidantes e flavonóides, com ação na redução do envelhecimento das células, prevenção e diminuição da velocidade de doenças crônicas como câncer.

Se o peludo não for fã de vegetais, é possível conversar com o profissional responsável pela alimentação do seu peludo sobre dicas para “mascarar” os vegetais no resto do alimento, mas não deixe de fornecer, ok?

6. A variedade conta

Assim como para nós humanos, os animais precisam de uma variedade de ingredientes na rotina alimentar para fornecer uma grande gama de nutrientes. Quanto mais variada puder ser a dieta, mais rica em nutrientes ela será. E se pensar no hábito natural, os animais não encontram exatamente a mesma coisa para caçar e comer todos os dias, fora a rotação de oferta pela sazonalidade natural de vegetais e frutas (ingeridos diretamente pelos canídeos ou felinos, ou já parcialmente digeridos dentro das vísceras da presa).

7. Respeite a fome do peludo

Existem os pets que parecem famintos logo depois de comer (principalmente cães), prontos para o segundo round (ou mais, se deixar), como também há os pets mais seletivos, que se alimentam por pura sobrevivência e fazem jejuns prolongados (às vezes diariamente). No primeiro caso, a alimentação não é uma dificuldade para o tutor, mas no segundo caso converse com um profissional experiente em alimentação natural para calcular uma dieta com alta densidade energética, ou seja, menor volume total de comida diária, com maior concentração de calorias e fornecendo os nutrientes necessários.

8. Higiene e armazenamento correto

Assim como precisamos de higiene para manipular a nossa comida (que também é comida de verdade), precisamos ter esse cuidado com a alimentação natural do peludo. Estamos falando de ingredientes perecíveis e sem conservantes, então é preciso ter higiene no preparo, armazenar corretamente em geladeira e, no caso de preparo para vários dias de alimentação, armazenamento também em freezer.

Seguindo estas dicas em casa, seu amigo de quatro patas ficará muito mais feliz e saudável com comida de verdade!

GELO SABORIZADO para o seu Pet

Dica saudável para você ajudar seu amigo peludo neste verão: faça GELOS SABORIZADOS !

A temperatura dos peludos é mais alta que a nossa e muitos deles sofrem demais com o calor. Os gelos são uma maneira gostosa, saudável e divertida de ajudar seu amigo a ficar mais confortável.

Você pode usar formas de gelo convencionais, ou daquelas com formato de palitinho, o que preferir! Vou te dar algumas sugestões para saborizar:

  • Pedaços pequenos que frutas (aqui você encontra um post sobre frutas para os peludos). Acomode os pedacinhos de fruta na forma de gelo (1-2 quadradinhos de fruta bastam para saborizar), preencha a forma com água filtrada e leve ao freezer.

  • Pedaços pequenos de vegetais e folhas como pepino, hortelã, alecrim e couve (são refrescantes por si só, além de deliciosos). Faça da mesma forma que nas frutas. No caso da couve, costumo fazer gelinhos dela batida no liquidificador para mim, então divido assim com as minhas filhas.

  • Gelo proteico: preencha a forma de gelo com o caldo de cozimento da proteína do seu pet se ele se alimentar com comida de verdade (ou de uma proteína cozida apenas na água, sem temperos). Também é possível fazer com cubinhos de carne e preencher com água filtrada .

Aqui há uma lista de alimentos proibidos para cães e gatos. Sempre que tiver dúvida sobre qualquer alimento, opte pelo mais seguro e não ofereça ao seu amigo, ok?

Espero que essas dicas de verão tenham te ajudado!

Fruta pode?

Muito se proíbe e pouco se explica , porque muitas informações são baseadas em MITOS, infelizmente! Então vamos lá :

Não podemos excluir o fato de que há preferências e tolerâncias individuais entre os peludos, porque são organismos ÚNICOS assim como cada um de nós, então o fato de PODER comer não significa que TEM QUE COMER, ok? Quem é tutor de paciente meu sabe que muitas vezes não libero todas as frutas do mundo, porque conheço o organismo do peludo, doenças que estamos tratando, etc.

📌 Lembrando que frutas possuem frutose (açúcar) e eles AMAM, então o consumo sempre deve ser controlado, ok?

De modo geral apenas 3 frutas são proibidas para cães e gatos:

  • UVAS (aqui entram também UVAS PASSAS) que possuem ocratoxina, levando à insuficiência renal;
  • AÇAÍ, que possui teobromina, substância estimulante que pode causar sinais gastrointestinais até neurológicos (como convulsões);
  • CARAMBOLA, que leva à diminuição brusca do cálcio sanguíneo por acúmulo de oxalato de cálcio solúvel, podendo gerar cálculos urinários e falência renal.

Todas as outras frutas eles PODEM SIM comer, tirando sempre caroços e sementes, e algumas cascas que nós também não consumiríamos (utilize sempre o bom senso, que tudo fica bem). São liberadas inclusive as ácidas (como abacaxi e mexerica – o pH do estômago deles é mais ácido que o nosso), assim como a polêmica polpa do abacate/avocado (o que não podem comer do  abacate/avocado nós também não comemos: o caroço e a casca).

✅ IMPORTANTE: forneça petiscos com responsabilidade, procure optar sempre pelos naturais (frutas e vegetais) e se estiver na dúvida, NÃO ARRISQUE, pelo bem da saúde do seu bichinho. 💚Aqui você encontra uma lista de ALIMENTOS PROIBIDOS PARA CÃES E GATOS, dê uma lida e se informe para poder cuidar cada vez melhor da saúde do seu melhor amigo 🐾

#papovetlilichiurco