IMPORTÂNCIA DO SAL na ALIMENTAÇÃO NATURAL

Temos a tendência de ter medo do sal de tanto que ouvimos falar sobre os males que seu EXAGERO causa na saúde, mas NA MEDIDA CERTA É IMPORTANTE. O sal iodado é um complemento essencial para os pets alimentados com comida de verdade  e devemos incluí-lo na rotina. Veja abaixo a importância do sal no organismo do seu amigo:

  • O sódio é essencial para o equilíbrio dos sais minerais no corpo.
  • Participa do transporte de oxigênio e nutrientes para as células.
  • Saúde dos rins (mesmo para nefropatas há quantidades corretas para adicionar na alimentação).
  • Regula pressão arterial.
  • Participa de processos que produzem a contração muscular (inclusive do coração).
  • Está presente no sangue (na natureza, em uma presa fresca o sangue é ingerido junto da alimentação. Sei que soa “nojento”, mas é verdade!).
  • Saúde glandular (a tireoide precisa do iodo para trabalhar corretamente).
  • Estimula a ingestão de água.

O mais importante é ele ser IODADO. É possível fornecer nas versões rosa do himalaia, sal marinho, flor de sal (são sais menos refinados que fornecem muitos minerais além do sódio), mas o sal comum (de cozinha) também pode ser utilizado sem problemas.

APETITE SELETIVO e FALTA DE APETITE EM PETS

Será que seu pet tem apenas um apetite “caprichoso”? Neste caso, uma dieta variada resolve o problema, MAS em muitos pacientes a falta de apetite pode ser apenas um sinal e existem outros cenários que podem estar acontecendo, é preciso investigar!

  • Má digestão: se você já teve, sabe que não tem vontade de comer certo? Há intenso desconforto por DIVERSOS motivos que podem ser investigados como falha na produção de enzimas digestivas, disbiose (desequilíbrio da microbiota intestinal, famosa “flora” intestinal) e parasitose/verminose (muitas vezes sem sinais clínicos, ou presentes de forma crônica).
  • Alimentação: inadequada (com ingredientes inflamatórios), desequilibrada ou não suplementada corretamente, assim como uso em excesso de petiscos industrializados.
  • Corpo estranho: se o seu pet gosta de roer objetos de casa, mexer no lixo, brincar com linhas, comer insetos maiores… Algo pode estar preso no estômago.
  • Infecções crônicas: aqui ressalto principalmente as hemoparasitoses (infecções transmitidas pelos carrapatos) que são extremamente comuns, traiçoeiras e podem ter sinais muito sutis por longo tempo até “pegarem força”.
  • Gastrite ou doença intestinal inflamatória: possuem diversas causas, inclusive alimentação inadequada, doença autoimune e estresse crônico.
  • Presença de gases: causam distensão das alças intestinais e extremo desconforto abdominal, geralmente secundários a má digestão e excesso de carboidratos na dieta, que levam a maior fermentação.

Espero que essas dicas te ajudem a melhorar a qualidade de alimentação do seu melhor amigo!

DICAS para o INVERNO

O frio chegou e, assim como nós, os pets também precisam de alguns cuidados especiais. No inverno o ar fica gelado, seco e as vias respiratórias dos pets sentem essa mudança, podendo colaborar com quadros como bronquites, asma e até pneumonia. Vou te dar dicas SIMPLES e VALIOSAS para você incorporar nos cuidados do seu amigo peludo nesta estação:

  • Eles sentem frio (uns mais do que outros), então mantenha seu pet quentinho, abrigado e longe de correntes de vento. Se ele fica fora de casa, uma casinha é essencial.
  • Use roupinhas (se ele gostar delas), papelão em baixo das caminhas (para cortar a friagem do chão) e cobertores para seu amigo peludo ficar mais confortável.
  • Durante o seu banho (e de todas as pessoas de casa) leve seu bichinho para o banheiro e deixe ele lá com você (de porta e janela fechadas) respirando o vapor do chuveiro quente . Assim você umidifica as vias respiratórias de forma confortável e de graça!
  • Evite fornecer alimentação gelada. Prefira servir a comida morna (nunca muito quente para não queimar a boca).
  • Se seu pet come ração, aqueça água filtrada, coloque no potinho sobre a ração e tampe por alguns minutos. Os grãos incharão, ficarão moles e quentinhos.

8 DICAS ESSENCIAIS para ALIMENTAÇÃO NATURAL

As dicas a seguir se aplicam a cães e gatos comprovadamente saudáveis, ok? Se seu pet tem alguma doença ou alteração de saúde, algumas exceções podem existir. Na dúvida, sempre consulte um veterinário experiente em alimentação natural.

1. Respeitar a fisiologia da espécie

A primeira e mais importante dica é respeitar a FISIOLOGIA de cada espécie. Sendo o cão um carnívoro oportunista (seu organismo tolera pouca quantidade de carboidrato) e o gato um carnívoro estrito (seu organismo simplesmente não tolera carboidrato), não podemos incluir de forma arbitrária este macronutriente em suas dietas. Se o objetivo é alimentar o peludo da forma mais parecida possível com o que ele consumiria na natureza, não faz sentido fornecer uma alimentação natural composta por grandes quantidades de carboidrato. É muito importante respeitar as quantidades de cada grupo da alimentação do peludo, o que inclui também limitar o fornecimento de petiscos (mesmo os naturais).

2. Fornecer a suplementação

As rações são 100% suplementadas (sem exceções), pelo motivo que vou explicar mais abaixo. E em qualquer estilo de alimentação oferecida em nossas casas a suplementação é OBRIGATÓRIA. O motivo disso é que na natureza quando os animais caçam suas presas o alimento é uma PRESA FRESQUINHA com todos os nutrientes disponíveis alí e intactos, além de roerem os ossos crus, suprindo suas necessidades de cálcio.

No momento em que fornecemos uma alimentação para os nossos pets em ambiente urbano, quando os ingredientes chegam em nossas casas para o preparo (ou nas fábricas, no caso de produtos comerciais) eles já passaram por processo de resfriamento, às vezes congelamento, cozimento e ocorrem danos oxidativos nos alimentos, os quais levam a perda de alguns minerais importantes como magnésio e iodo, mas principalmente vitaminas como D, E, C e do complexo B. Então a suplementação é essencial para suprir a demanda nutricional que não consegue vir do alimento.

Sem suplementação adequada, é apenas uma questão de tempo para seu pet desenvolver uma doença de fundo nutricional. Seu amigo de quatro patas depende apenas de você, por favor tenha responsabilidade, ok?

3. Incluir vísceras na alimentação

Na natureza, a parte mais disputada de uma presa é exatamente suas vísceras, sabe porquê? Pois ao contrário do que muitos pensam, é nas vísceras onde estão as maiores concentrações de vitaminas e minerais presentes na dieta de canídeos e felinos. Uma pequena quantidade de vísceras já fornece as necessidades diárias de muitos nutrientes que o organismo precisa. O excesso delas, especialmente o fígado (que é a víscera mais rica), pode causar vômitos e diarreia por conta da grande concentração de vitamina A.

É fácil de imaginar a proporção ideal entre vísceras e carnes “normais”: pense em um felino que caça um rato, agora imagine o tamanho do fígado desse ratinho. Exatamente! É realmente muito pequeno.

Se seu pet tem alguma alteração de saúde e o veterinário não incluiu vísceras na dieta por algum motivo de restrição, ele certamente está fornecendo o que viria das vísceras na suplementação do seu pequeno.

4. Suspender petiscos industrializados

Essa dica nem precisa de grandes explicações, certo? Se o intuito é alimentar seu bichano de forma natural, não forneça petiscos saborizados artificialmente, cheios de corantes artificais e ingredientes impronunciáveis (muitas vezes comprovadamente cancerígenos, como por exemplo BHA e BHT) e extremamente inflamatórios.

Aposte em petiscos frescos e naturais (que não precisem de um pacote com rótulo), como vegetais e frutas. Veja aqui o post sobre alimentos proibidos para cães e gatos e aqui um post somente sobre frutas.

5. Fornecer vegetais e/ou frutas

É verdade que alguns pets não possuem afinidade com o paladar doce, pois assim como nós eles também têm preferências. Mas a maioria dos peludos adora e pede mais!

Frutas e vegetais têm inúmeros benefícios que não vem da carne, como fibras prebióticas (funcionam como uma “comidinha” para deixar as bactérias benéficas do intestino fortes e saudáveis) e valiosos fitonutrientes como antioxidantes e flavonóides, com ação na redução do envelhecimento das células, prevenção e diminuição da velocidade de doenças crônicas como câncer.

Se o peludo não for fã de vegetais, é possível conversar com o profissional responsável pela alimentação do seu peludo sobre dicas para “mascarar” os vegetais no resto do alimento, mas não deixe de fornecer, ok?

6. A variedade conta

Assim como para nós humanos, os animais precisam de uma variedade de ingredientes na rotina alimentar para fornecer uma grande gama de nutrientes. Quanto mais variada puder ser a dieta, mais rica em nutrientes ela será. E se pensar no hábito natural, os animais não encontram exatamente a mesma coisa para caçar e comer todos os dias, fora a rotação de oferta pela sazonalidade natural de vegetais e frutas (ingeridos diretamente pelos canídeos ou felinos, ou já parcialmente digeridos dentro das vísceras da presa).

7. Respeite a fome do peludo

Existem os pets que parecem famintos logo depois de comer (principalmente cães), prontos para o segundo round (ou mais, se deixar), como também há os pets mais seletivos, que se alimentam por pura sobrevivência e fazem jejuns prolongados (às vezes diariamente). No primeiro caso, a alimentação não é uma dificuldade para o tutor, mas no segundo caso converse com um profissional experiente em alimentação natural para calcular uma dieta com alta densidade energética, ou seja, menor volume total de comida diária, com maior concentração de calorias e fornecendo os nutrientes necessários.

8. Higiene e armazenamento correto

Assim como precisamos de higiene para manipular a nossa comida (que também é comida de verdade), precisamos ter esse cuidado com a alimentação natural do peludo. Estamos falando de ingredientes perecíveis e sem conservantes, então é preciso ter higiene no preparo, armazenar corretamente em geladeira e, no caso de preparo para vários dias de alimentação, armazenamento também em freezer.

Seguindo estas dicas em casa, seu amigo de quatro patas ficará muito mais feliz e saudável com comida de verdade!

GELO SABORIZADO para o seu Pet

Dica saudável para você ajudar seu amigo peludo neste verão: faça GELOS SABORIZADOS !

A temperatura dos peludos é mais alta que a nossa e muitos deles sofrem demais com o calor. Os gelos são uma maneira gostosa, saudável e divertida de ajudar seu amigo a ficar mais confortável.

Você pode usar formas de gelo convencionais, ou daquelas com formato de palitinho, o que preferir! Vou te dar algumas sugestões para saborizar:

  • Pedaços pequenos que frutas (aqui você encontra um post sobre frutas para os peludos). Acomode os pedacinhos de fruta na forma de gelo (1-2 quadradinhos de fruta bastam para saborizar), preencha a forma com água filtrada e leve ao freezer.

  • Pedaços pequenos de vegetais e folhas como pepino, hortelã, alecrim e couve (são refrescantes por si só, além de deliciosos). Faça da mesma forma que nas frutas. No caso da couve, costumo fazer gelinhos dela batida no liquidificador para mim, então divido assim com as minhas filhas.

  • Gelo proteico: preencha a forma de gelo com o caldo de cozimento da proteína do seu pet se ele se alimentar com comida de verdade (ou de uma proteína cozida apenas na água, sem temperos). Também é possível fazer com cubinhos de carne e preencher com água filtrada .

Aqui há uma lista de alimentos proibidos para cães e gatos. Sempre que tiver dúvida sobre qualquer alimento, opte pelo mais seguro e não ofereça ao seu amigo, ok?

Espero que essas dicas de verão tenham te ajudado!

Leite pode?

O leite de vaca faz parte da “cultura popular” criada ao redor da alimentação dos peludos que se perpetua até hoje. Porém o fato de GOSTAREM de leite, NÃO SIGNIFICA que o consumo é adequado para os pets.

Apesar de não ser considerado tóxico para cães e gatos, existem 3 pontos pelos quais não recomendo o consumo do LEITE LÍQUIDO para os meus pacientes e peludos em geral:

1. O leite possui grande quantidade de LACTOSE, que é o carboidrato de sua composição. Levando em conta os hábitos alimentares de cães e gatos (carnívoros oportunistas e carnívoros estritos, respectivamente), não é nada interessante aumentar os carboidratos em sua alimentação, certo?

Além desse fator, a produção da enzima lactase – que quebra a lactose em glicose e galactose no organismo – é produzida em POUCA quantidade nestas espécies. Claro que há variações de um organismo para outro e também com relação à quantidade e frequência ingerida, mas infelizmente a maioria esmagadora dos peludos apresenta desconforto abdominal leve, como gases, a mais sérios como vômitos, diarreia ou enterite (inflamação de alças intestinais) de forma aguda ou crônica.

2. A parte proteica do leite de vaca é representada pela CASEÍNA A1, que é pró inflamatória para o organismo dos peludos (e para nós). Isso quer dizer que o organismo vai inflamar na hora? NÃO. A inflamação também depende da dose e da frequência, além de ser maior para os peludos com doenças autoimunes.

3. O último ponto é que o leite de caixinha que encontramos no mercado para comprar é um produto repleto de conservantes e estabilizantes artificiais, com aditivos químicos inflamatórios que fazem um produto biológico durar meses fora da geladeira em uma prateleira. Então isso que conhecemos por “leite” no supermercado, NÃO é leite, mas sim uma mistura química COM LEITE.

*** LEMBRANDO: estes pontos que dividi com você se referem ao LEITE LÍQUIDO. Existem derivados do leite, como iogurtes naturais integrais sem açúcar, manteiga (fonte de gordura do bem, ao contrário da margarina) e alguns queijos que podem ser incorporados na rotina alimentar em casos individuais e com quantidades específicas.

DE OLHO NO RÓTULO! Descubra se a ração ou o petisco do seu amigo são realmente saudáveis

O mais importante sobre um produto industrializado é saber que a frente da embalagem ou “capa” é apenas um rótulo COMERCIAL, criado para fazer você comprar o produto, nada mais.

O que realmente vai te dizer se o produto é bom ou não e te mostrar o que realmente tem dentro dele é a parte de trás da embalagem, onde você encontrará:

1- Lista de ingredientes

É sem dúvidas a parte mais importante de um rótulo para saber sobre a qualidade do produto. Nesta lista os ingredientes sempre aparecerão na ordem de MAIOR QUANTIDADE PARA MENOR QUANTIDADE dentro do produto em questão.

Por exemplo:

“Carne bovina, ovo desidratado, vegetais desidratados (cenoura e salsão), cloreto de sódio (sal) e antioxidante natural (vitamina E).”

Nesta lista o ingrediente presente em maior quantidade no produto é a carne bovina, seguida do ovo desidratado, vegetais desidratados, sal e em menor quantidade a vitamina E como antioxidante natural.

Lembre-se que nossos amigos são carnívoros estritos (gatos) e carnívoros oportunistas (cães), então em uma ração ou petisco de qualidade o PRIMEIRO ingrediente deve ser uma “proteína” e, preferencialmente,  não deve ser um “produto de proteína”.

Veja a diferença:

PROTEÍNA – carne de frango, fígado, peixe
PRODUTO DE PROTEÍNA – farinha de frango, farinha de vísceras, farinha de peixe

Tendo isso em mente, não é NADA INTERESSANTE aumentar o consumo de carboidrato do bichinho com “biscoitos ou cookies de pets”,  que são compostos por puro carboidrato e saborizados artificialmente com aroma de carne ou vegetais, ok? Pode checar: o primeiro ingrediente desses tipos de petiscos industrializados é, na maior parte, farinha de trigo =/

Outro ponto importante a se analisar na qualidade da ração ou petisco é a presença de ingredientes inflamatórios e artificias. FUJA DELES:

  • Conservantes artificias como BHT e BHA (comprovadamente  inflamatórios e cancerígenos, já proibidos em diversos países e usados livremente no Brasil). Triste fato;
  • O “trio inflamação e alergia”: GLÚTEN (presente no trigo, cevada e centeio), SOJA e MILHO. Farei um post somente sobre eles posteriormente.
  • AÇÚCAR e seu diversos nomes como dextrina, maltodextrina, frutose, sacarose, glicose, glucose, açúcar de coco, açúcar demerara, açúcar mascavo, açúcar orgânico, lactose,  açúcar invertido, dextrose, xarope de milho, agave, etc;
  • Outros aditivos artificias muito comuns com potencial inflamatório e alergênico: PALATABILIZANTES / FLAVORIZANTES (servem para dar gosto ao alimento) e CORANTES;

2- Níveis de garantia

Os níveis de garantia indicam em porcentagem a proporção dos “grupos” de ingredientes do produto e é muito útil para descobrir as rações que adoram “pesar a mão” no carboidrato dos peludos.

Aqui há uma pegadinha, pois a indústria não é obrigada a discriminar a proporção de carboidrato no rótulo. MAS é super fácil de descobrir através de uma conta simples que você pode fazer com o seu celular na hora de comparar os rótulos.

Vou te ensinar:

O total de 100% do produto é composto por proteínas, carboidratos, gorduras (chamadas de extrato etéreo), minerais (chamados de matéria mineral), fibras (chamadas de matéria fibrosa) e umidade. Todos são descritos no rótulo, exceto o carboidrato, então precisamos subtrair de 100% os valores de cada grupo para chegar no valor não divulgado do carboidrato. Veja o exemplo que preparei abaixo para você.

Estes são os níveis de garantia de uma ração REAL de felinos Super Premium. Jamais citarei nomes de empresas ou produtos de forma negativa. Meu objetivo é apenas INFORMATIVO para que você realize escolhas conscientes.

Os níveis de garantia podem aparecer em tabela (como neste exemplo) ou em texto corrido, sempre com o “nome do grupo” e a porcentagem em seguida.

Fazendo a conta utilizando os valores da ração acima, temos:

Os felinos são CARNÍVOROS ESTRITOS, não toleram e não digerem bem carboidratos, porque essa é simplesmente a fisiologia deles. Esta ração tem MAIS CARBOIDRATOS DO QUE PROTEÍNAS. Na natureza um felino consumiria por volta de 5% de carboidratos, principalmente vindos de fibras e vegetais parcialmente digeridos dentro de sua presa . Trabalhos de revisões bibliográficas (que reúnem as informações disponíveis sobre um assunto) mostram que os hábitos alimentares são estudados há décadas, e revisões como esta, esta e esta apontam inclusive um consumo menor de carboidrato (2%) em uma alimentação de felinos livres.

Infelizmente hoje (Outubro de 2018) as rações para felinos com menos carboidrato giram em torno de 16-18%. Então, se COMIDA DE VERDADE não for uma opção na sua casa, faça a conta que ensinei para que você possa escolher a opção com menor carboidrato possível. Espero de coração que este cenário mude e que a indústria se adapte a favor da saúde.

Para os cães, como são carnívoros oportunistas e adaptados a uma maior quantidade de carboidratos do que os felinos, uma porcentagem por volta de 30% de carboidrato para cães saudáveis é aceitável (certas alterações clínicas e laboratoriais exigem distribuições específicas diferentes de macronutrientes).

3- Tabela nutricional

A tabela nutricional, por incrível que pareça, é a parte menos importante do rótulo para avaliar qualidade do produto. Nela você encontrará apenas a distribuição calórica dele e nem sempre poucas calorias é um sinônimo de boa qualidade.

Se um produto tiver poucas calorias e for composto principalmente de carboidratos, com corantes e sabor artificial de carne, ele é um produto bom para o seu amigo peludo?

Se você chegou até aqui você tem ferramentas para saber que um produto assim é muito ruim para a saúde dele.

4- Informações adicionais

Você também pode encontrar algumas informações adicionais no rótulo como: isenção de registro, selos de qualidade, certificação orgânica, etc.

São informações técnicas que muitas vezes apoiam, garantem ou justificam informações já fornecidas no rótulo.

Espero que este guia tenha desmistificado a dificuldade de leitura dos rótulos e te ajude a fazer melhores escolhas para seu amigo de quatro patas!

Fruta pode?

Muito se proíbe e pouco se explica , porque muitas informações são baseadas em MITOS, infelizmente! Então vamos lá :

Não podemos excluir o fato de que há preferências e tolerâncias individuais entre os peludos, porque são organismos ÚNICOS assim como cada um de nós, então o fato de PODER comer não significa que TEM QUE COMER, ok? Quem é tutor de paciente meu sabe que muitas vezes não libero todas as frutas do mundo, porque conheço o organismo do peludo, doenças que estamos tratando, etc.

📌 Lembrando que frutas possuem frutose (açúcar) e eles AMAM, então o consumo sempre deve ser controlado, ok?

De modo geral apenas 3 frutas são proibidas para cães e gatos:

  • UVAS (aqui entram também UVAS PASSAS) que possuem ocratoxina, levando à insuficiência renal;
  • AÇAÍ, que possui teobromina, substância estimulante que pode causar sinais gastrointestinais até neurológicos (como convulsões);
  • CARAMBOLA, que leva à diminuição brusca do cálcio sanguíneo por acúmulo de oxalato de cálcio solúvel, podendo gerar cálculos urinários e falência renal.

Todas as outras frutas eles PODEM SIM comer, tirando sempre caroços e sementes, e algumas cascas que nós também não consumiríamos (utilize sempre o bom senso, que tudo fica bem). São liberadas inclusive as ácidas (como abacaxi e mexerica – o pH do estômago deles é mais ácido que o nosso), assim como a polêmica polpa do abacate/avocado (o que não podem comer do  abacate/avocado nós também não comemos: o caroço e a casca).

✅ IMPORTANTE: forneça petiscos com responsabilidade, procure optar sempre pelos naturais (frutas e vegetais) e se estiver na dúvida, NÃO ARRISQUE, pelo bem da saúde do seu bichinho. 💚Aqui você encontra uma lista de ALIMENTOS PROIBIDOS PARA CÃES E GATOS, dê uma lida e se informe para poder cuidar cada vez melhor da saúde do seu melhor amigo 🐾

#papovetlilichiurco

Alimentos proibidos para cães e gatos

Trabalho com alimentação natural dos nossos amados peludos 🐾❤️, adoro seus benefícios 😌, MAS não é tudo que a natureza oferece que pode fazer parte da rotina alimentar deles🤔.

Vamos falar dos PRINCIPAIS ingredientes que devem ser evitados e que fazem parte da mesa do brasileiro, lembrando que TODA INTOXICAÇÃO tem sinais dependentes da DOSE ingerida, ok?

  • CHOCOLATE, GUARANÁ e AÇAÍ: possuem teobromina, substância com efeito estimulante que pode levar desde sinais gastrointestinais até neurológicos, como convulsão;
  • CEBOLA, ALHO (em excesso), CEBOLINHA, ALHO-PORÓ: possuem elementos sulfurosos que levam à anemia hemolítica quando ingeridos em doses altas ou com frequência. A exceção aqui é o ALHO, que precisa de uma dose EXTREMAMENTE ALTA (como 4 dentes de alho) para alcançar toxicidade, e se for trabalhado em pequenas doses é SUPER BENÉFICO 😉;
  • NOZ-MOSCADA: contém miristicina, substância estimulante de sistema nervoso, podendo gerar convulsões;
  • MACADÂMIA: leva a paralisia temporária de membros posteriores;
  • AMENDOIM: pode conter micotoxina, levando à intoxicação com sinais gastrointestinais e neurológicos;
  • UVAS e PASSAS: possuem ocratoxina, levando à insuficiência renal;
  • CARAMBOLA: leva à queda brusca de cálcio sanguíneo por acúmulo de oxalato de cálcio solúvel e, dependendo da dose, formação de cálculos urinários e falência renal;
  • SEMENTES (maçã/pêra) e CAROÇOS (pêssego/ameixa/abacate): intoxicação por cianeto, levando a arritmias cardíacas e sinais neurológicos;
  • CASCA DO ABACATE: contém persina, uma toxina fúngica que leva a intoxicação gastrointestinal;
  • BATATAS CRUAS: possuem solanina, um pesticida natural estimulante do sistema nervoso, causando convulsões. O cozimento inativa a solanina, queridos 👍🏻;
  • XYLITOL: adoçante natural que leva a intensa hipoglicemia nos pets.

Cuide de quem te ama 😉🐾❤️! #papovetlilichiurco